No Centro-Oeste, praticamente seis a cada dez pessoas dividem o mesmo julgamento
Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
Para 55,9% da população brasileira, a Polícia Militar não é uma corporação violenta. O índice é de pesquisa de opinião pública realizada pela Paraná Pesquisas nos 26 estados e no Distrito Federal.
Na região Centro-Oeste, o percentual sobe para 59%. O índice é maior entre os entrevistados com Ensino Fundamental completo (62%), e menor entre aqueles que têm diploma superior (48%).
Por faixa etária, a população entre 45 e 59 anos é a que mais confia na conduta correta da PM brasileira (61,2%). Entre os jovens de 16 a 24 anos, 41,9% fazem o mesmo julgamento.
Por gênero, 57,7% dos homens não avaliam a força de segurança como violenta, pensamento compartilhado por 54,4% das mulheres.
Na média, quase quatro em cada dez brasileiros (38,1%) considera a Polícia Militar violenta. O percentual é maior na região Nordeste, onde 39,3% das pessoas dividem a mesma opinião. Fatia de 6% da população do País não soube responder ou não opinou.
A pesquisa ouviu, por telefone, 2.258 habitantes, estratificados segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O grau de confiabilidade é de 95%, com margem de erro de 2% para os resultados gerais.
“Bandido bom é bandido morto?” – A Paraná Pesquisas também questionou aos entrevistados se concordam ou discordam da frase. A maioria, 48,3%, se opõe. Outros 43,9% assentem, e 7,8% não soube responder ou preferiu não opinar.
O Nordeste se destacou com maior porcentagem entre os que concordam com a frase (45,7%) A região Sul teve a maior parcela contrária à frase (53,2%).
No quesito idade, pouco mais da metade (51%) das pessoas com 60 anos ou mais crê que “bandido bom é bandido morto”. Entre os mais jovens, seis em cada quatro brasileiros (59,9%) discordam da sentença.
Por escolaridade, 53,8% dos entrevistados com Ensino Fundamental completo são favoráveis à frase, ao passo que a maioria das pessoas com Ensino Superior a desaprovam (58,6%).
O público masculino tende a concordar mais (44,2%). As mulheres, menos (43,6%).
Estatística – Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a taxa de mortes em decorrência de intervenções policiais em Mato Grosso do Sul foi de 1,1 a cada 100 mil habitantes em 2018.
O índice é menor que o de estados como Rio de Janeiro (9,7/100 mil), Amapá (9,9/100 mil), Pará (8,9/100 mil) e Sergipe (7/100 mil).
Mato Grosso do Sul fica à frente de unidades como Roraima (0,4/100 mil), Rio Grande do Sul (0,5/100 mil), Minas Gerais (0,7/100 mil) e Tocantins (1/100 mil).